segunda-feira, 25 de abril de 2011

RESPIRAÇÃO

Respiração é vida e vida é respiração.
Para a filosofia do Yoga, a respiração é a principal atividade do ser humano. Seria impossível, vivermos sem respirar. Mas apesar disto, o homem desaprendeu de respirar bem. Hábitos errados de vida, tensões emocionais e mentais, roupas apertadas, excesso de alimentação, de trabalho, pressa, tudo isto impede que a respiração seja tranqüila, profunda e ritmada.
É muito importante conscientizar-se do processo da respiração. Sentir, observar, compreender o que acontece quando você respira. E a o sentir isto, perceber que não é você que respira, mas a VIDA que respira em você.
A respiração completa e normal depende dos movimentos do diafragma, o músculo que separa a cavidade torácica da abdominal.
Na inspiração, quando o diafragma se contrai, as costelas se elevam e o tórax e os pulmões se expandem.
Na exalação, o diafragma relaxa, as costelas abaixam e a cavidade torácica diminui.
Entre a inspiração e a expiração há uma pausa.
E se o diafragma estiver bloqueado, sem funcionar corretamente, o processo respiratório não acontece naturalmente, o que cria várias doenças, falta de energia, cansaço, agitação, stress.
A respiração deficiente afeta todo o funcionamento do organismo.
Yoga é a ciência de respirar bem.
Através da prática do Yoga, vamos nos conscientizado da respiração e assim o corpo vai registrando acordado, a respiração completa e isto vai nos ajudar muito em nossa vida diária. Além de mais entusiasmo, saúde, bem-estar e ânimo, vamos nos sentindo mais calmos, tranqüilos, pacientes.
Nosso ritmo respiratório muda conforme nosso estado físico, emocional e mental. Da mesma forma que as emoções agem sobre a respiração, esta age sobre as emoções.
A mente está intimamente ligada à respiração. Quanto mais a respiração estiver natural e calma, mais a mente se aquieta.
Podemos exercer nossa vontade sobre a respiração apesar dela ser automática e inconsciente. É possível torná-la consciente e ter controle sobre ela. Este controle voluntário da inspiração e da expiração, bem como de aumentar as pausas entre a inspiração e a expiração, permanecendo com os pulmões cheios ou vazios é o que fazemos através de pranayama.
Pranayama, em sânscrito significa: prana – energia vital.
Yama—controle.
No Yoga, a respiração é suave, lenta, profunda e silenciosa.
A respiração deve sempre pelas narinas, pois o nariz pode filtrar, umedecer e aquecer o ar que inspiramos.
O pranayama elimina a rigidez muscular da caixa torácica e aumenta a resistência do organismo. Ele purifica e vitaliza o corpo todo. Descontrai e proporciona autodomínio, tranqüilidade e paz.
É uma técnica eficaz tanto para controlar a mente quanto as emoções. Com o controle sobre a respiração, temos mais controle sobre o sistema nervoso autônomo com o qual a respiração está ligada.
Através do pranayama e de uma respiração muito calma e profunda, podemos ser conduzidos a níveis mais elevados de consciência e ao estado de meditação.
Os componentes do pranayama são: a inspiração, expiração e retenções de pulmões cheios ou vazios.
Devem ser praticados sem esforço, com a mente concentrada.
A respiração abrange três aspectos: fisiológico, psíquico e prânico.
Aspecto fisiológico: a respiração é essencial à vida humana. Controla o oxigênio necessário às células e elimina o gás carbônico acumulado no organismo.
A atividade respiratória dos pulmões é regida pelo sistema neurovegetativo que projeta ramificações dentro do tecido pulmonar.
Devido ao movimento eficaz dos pulmões e do sistema nervoso, o Pranayama pode aumentar a eficácia da respiração e modificar seu ritmo.
Há quatro tipos de respiração:
1. Clavicular ou alta –em que os músculos peitorais permitem entrar em ação a parte superior dos pulmões.
2. Intercostal ou média – somente a parte central dos pulmões é ativada.
3. Diafragmática ou baixa (ou abdominal) em que a parte inferior dos pulmões é ativada, enquanto a parte superior e central fica em fraca atividade.
4. Completa – a totalidade dos pulmões é utilizada ao máximo de sua capacidade.

No Yoga, a respiração é o apoio, o suporte dos asanas, que são posturas psicofísicas e através da inspiração, da expiração e da retenção de ar, consegue-se o equilíbrio.
Mas a respiração para o Yoga vai além dos efeitos físicos, porque a importância maior é trazer para o organismo o Prana (energia vital).
O aspecto psíquico da respiração está intimamente ligado ao estado emocional, podendo aumentá-lo ou acalmá-lo. Quando a respiração é calma e controlada, produz tranqüilidade emocional e mental. O ritmo estabelece paz entre a mente e o corpo.
O aspecto prânico da respiração é o de nos suprir de energia prânica, a qual é absorvida através dos nadis (meridianos, condutores de energia no corpo sutil).
Para sentir a respiração completa ou yogui, é importante conscientizar primeiro as três fases da respiração: baixa (abdominal), média (intercostal) e alta (clavicular):

Respiração abdominal

Deite-se confortavelmente no solo, com as costas bem apoiadas.
Joelhos flexionados e unidos, pés afastados ou com as pernas cruzadas. (Pode-se também deixar as pernas relaxadas no chão).
Feche os olhos e relaxe.
Mãos apoiadas suavemente no abdômen, na parte lateral.
Expire, sentindo a leve contração para dentro dos músculos abdominais.
Ao inspirar, perceba os músculos se expandindo para os lados.
Durante o processo da respiração, somente o abdômen se movimenta, já que o peito permanece imóvel.
Concentre-se no movimento lento e ritmado da respiração.
Observe e sinta os músculos laterais do abdômen se afastando para
fora quando o ar entra e, voltando ao normal, na expiração.
Quando se consegue a conscientização desta respiração, percebe-se que não é a própria pessoa que faz o movimento do abdômen, é um trabalho natural do diafragma.
E o praticante deve apenas observar, sentir, conscientizar-se desta movimentação natural, livre e espontânea. Permitindo, observando, seguindo o processo natural da própria vida que nele respira.
EFEITOS:
ELIMINA TENSÕES E INSÔNIA, PRODUZINDO TRANQÜILIDADE.
EQUILIBRA A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA DO ABDÔMEN, MASSAGENDO TODOS OS ORGÃOS DESTA REGIÃO.
ALIVIA DORES NAS COSTAS.
ATIVA A CIRCULAÇÃO DAS PERNAS E PÉS.

RESPIRAÇÃO MÉDIA OU INTERCOSTAL

• Colocar as mãos nas costelas flutuantes, ou seja, ao lado da caixa torácica.
• Ao inspirar, perceber as costelas se afastando para os lados, ampliando o tórax, enchendo de ar a região média dos pulmões. Procure sentir que as costelas se alargam, que os músculos abrem as costelas e que na expiração, elas voltam à posição inicial.
• Perceber que é como uma sanfona abrindo e fechando.
• Repita algumas vezes, sem forçar, sentindo que é a vida que respira em você.

EFEITOS:

EQUILIBRA AS EMOÇÕES.
PRODUZ ALÍVIO AOS CARDÍACOS E QUEM TEM GASTRITE.
AJUDA A RECUPERAR A MOBILIDADE DA CAIXA TORÁCICA.

RESPIRAÇÃO ALTA OU CLAVICULAR


• A seguir, colocar os dedos polegares sob as axilas e as palmas das mãos apoiadas sobre o peito.
• Ao inspirar, perceba a expansão da parte alta do tórax, que produz a leve abertura do peito.
• Ao expirar, perceba a musculatura voltando ao normal.
• Faça algumas respirações e relaxe.

EFEITOS:

OXIGENA MAIS O CÉREBRO.
HIPERVENTILA A PARTE ALTA DOS PULMÕES.
ELIMINA ALERGIAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO.
AJUDA A ALIVIAR AS DIFICULDADES DOS ASMÁTICOS, POIS ELIMINA O
AR RESIDUAL NA PARTE ALTA DOS PULMÕES, FACILITANDO A ENTRADA
DO AR NOVO.


RESPIRAÇÃO PROFUNDA
• Tendo sentindo as três fases da respiração, relaxe os braços e sinta a respiração completa, longa e profunda.

• Leve a atenção ao abdômen e sinta que nasce lá a respiração, expandindo-se para a parte média e depois para a parte alta dos pulmões ao inspirar, e ao expirar sinta o movimento de esvaziamento do ar dos pulmões.
• Continue respirando de forma contínua, sem forçar.

• Permita que ar circule livremente desde o abdômen até o alto do peito, com naturalidade.
Depois que já tiver se conscientizado da respiração completa, deitado no solo, pode fazê-la sentado no chão, em uma almofada.
Mantenha a coluna alinhada, com as pernas cruzadas, mãos nos joelhos. Ou se preferir, pode se sentar em uma cadeira.
Olhos fechados, sem tensões nos ombros, braços, pescoço e rosto.
Posição firme, mas relaxada.
Inspirar lentamente, enchendo primeiro a parte baixa dos pulmões, em seguida a parte média e, por último, a parte alta.
Expirar lentamente, esvaziando todo o ar dos pulmões.
Respirar de forma contínua, sem esforço, com muita naturalidade, permitindo que o ar circule livremente desde o abdômen até o alto do peito.
EFEITOS:
• AUMENTA AS DEFESAS DO ORGANISMO.
• MASSAGEIA E OXIGENA O CORPO TODO, TONIFICANDO E REVITALIZANDO OS ÓRGÃOS INTERNOS.
• EVITA A PRISÃO DE VENTRE.
• EQUILIBRA O SISTEMA ENDÓCRINO.
• VITALIZA O SISTEMA NERVOSO.
• MASSAGEA O CORAÇÃO, REJUVENESCENDO-O.
• DESENVOLVE E TONIFICA TODO O APARELHO RESPIRATÓRIO.
• MELHORA O FUNCIONAMENTO DO ESTÔMAGO, VESÍCULA, BAÇO, PÂNCREAS, RINS E FÍGADO.
• MELHORA A QUALIDADE DO SANGUE PELA MAIOR ELIMINAÇÃO DO GÁS CARBÔNICO E ABSORÇÃO DE OXIGÊNIO, BENEFICIANDO ASSIM TODOS OS ÓRGÃOS E TECIDOS.
• DESENVOLVE O AUTODOMÍNIO E AUTOCONFIANÇA.
• DESCONTRAI O CORPO TODO, ACALMANDO O SISTEMA NERVOSO.
• EXCELENTE PARA INSÔNIA.
• TRANQUILIZA A MENTE, PURIFICA OS NADIS, ATIVA OS CHAKRAS.
• É O CAMINHO DA PAZ INTERIOR, NOS CONDUZINDO A NÍVEIS MAIS ELEVADOS DE CONSCIÊNCIA.
Quando você dorme ou relaxa profundamente, a respiração completa, profunda, acontece naturalmente em você, trazendo descanso, ânimo, bem-estar.
E com a prática constante e contínua da respiração completa, permitindo a conscientização da respiração, ela entrará naturalmente também na sua vida diária, lhe dando mais calma, apoio e alegria.
VALE A PENA INVESTIR EM VOCÊ E DESCOBRIR COMO SE HARMONIZAR COM A FONTE DA VIDA.
A RESPIRAÇÃO É UM TESOURO MUITO PRECIOSO E É SUA.
É O REMÉDIO PARA ANSIEDADES, MEDOS, CANSAÇO, STRESS E DOENÇAS.
COM A CONSCIÊNCIA DA RESPIRAÇÃO, VOCÊ COMEÇA A APRENDER A ESTAR PRESENTE.
COMEÇA A ENTENDER QUE ESTE MOMENTO PRESENTE É UM PRESENTE PRECIOSO.
E COM ESTA CONSCIÊNCIA, VOCÊ SE TORNA MAIS FELIZ, SAUDÁVEL, PLENO DE ENTUSIASMO E DETERMINAÇÃO.

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